terça-feira, 18 de outubro de 2011

Brasil terá etanol de segunda geração

14/10/2011
Por Mônica Scaramuzzo | De Verona - O Brasil deverá começar a produção de biocombustíveis de segunda geração a partir de 2013. A GraalBio Investimentos S.A., do grupo brasileiro Graal, e a Chemtex, subsidiária das italiana Mossi & Guisolfi (M&G), uma das maiores produtoras de PET do mundo, assinaram protocolo de intenções para ter uma fábrica em escala industrial no Brasil de etanol celulósico. As duas empresas também estão em conversas avaadas para uma cooperação mais ampla para desenvolver e produzir biocombustíveis e bioquímicos no país.

Desde 2006, a subsidiária da M&G tem investido pesado, cerca de US$ 200 milhões, em pesquisa e desenvolvimento em uma nova tecnologia, batizada de Proesa, que transforma biomassa em biocombustíveis e bioquímicos. Ontem, durante o laamento oficial dessa tecnologia, em um simpósio internacional de biocombustíveis, em Verona, a M&G anunciou que o fundo TPG (Texas Pacific Group) juntou-se ao projeto, formando uma joint venture com a Chemtex para a criar a Beta Renewables, totalizando investimentos de € 250 milhões. Essa companhia deverá licenciar sua tecnologia para outras empresas interessadas no negócio. O grupo está construindo uma fábrica em Crescentino. Deverá operar em junho de 2012, com a produção de 40 milhões de litros.

Segundo Guido Guisolfi, CEO da Chemtex e vice-presidente da M&G, o etanol celulósico deverá complementar e não competir com a produção do combustível convencional. O executivo da empresa familiar, fundada em 1953, sabe bem o peso que o Brasil e os EUA têm na produção de etanol no mundo. Em tom de brincadeira, disse que Deus é brasileiro pelo país ser um dos mais competitivos no mundo na produção de cana-de-açúcar, mas acrescentou, em um tom mais sério e desafiador, que sua tecnologia chega para atender a demanda no mercado..

Mesmo reconhecendo o Brasil como referência internacional em etanol, Guisolfi lançou um desafio, dizendo que sua tecnologia é muito competitiva se comparada com os custos de produção hoje no país. Segundo ele, o biocombustível a ser produzido pela Beta custará menos da metade do que é feito no Brasil e que poderá ser usado diretamente como combustível com custo de US$ 1,20 a US$ 1,30 o galão (cada galão tem 3,78 litros).

A produção de etanol de segunda geração é considerada uma meta de longo prazo por produtores brasileiros de etanol e tem recebido críticas de empresários nacionais, em relação aos altos custos. Mas Bernardo Gradin, que está à frente da GraalBio, vai produzir o biocombustível de segunda geração no país e quer que sua empresa se torne referência.

A GraalBio quer se tornar um importante player global em biotecnologia. Planeja ser o parceiro preferencial para implementar tecnologias promissoras com biomassa brasileira, investindo no desenvolvimento de plantas industriais, novos cultivos, pesquisa e desenvolvimento, patentes e licenças, além de promover aliaas estratégicas com empresas que estão desenvolvendo a tecnologia de conversão de biomassa no mundo. Segundo Gradin, novos acordos, como o firmado com a M&G, deverão ser realizados pela GraalBio.
A M&G já fechou acordo parecido na Colômbia e negocia novas parcerias nos EUA e China.

A repórter viajou a convite da M&G

Fonte: Ministério das Relações Exteriores

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Nível das hidrelétricas brasileiras é maior do que em 2010

Em setembro, perto do fim da época de seca no país, que vai de maio a outubro, o nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas brasileiras estava acima do registrado no mesmo período de 2010. Segundo os dados fornecidos pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o armazenamento de energia está bem acima da meta para 2011.

No final de setembro, o sistema Sudeste e Centro-Oeste tinha 65,35% de energia armazenada. No mesmo período do ano passado, o nível estava em 49,26%. No sistema Sul, o armazenamento estava em 93,6% no mês passado. Um ano atrás, o período de seca tinha castigado mais as hidrelétricas da região, pois o nível era de 64,26.% No Nordeste também havia mais espaço para a geração de energia elétrica nas usinas: 60,31% contra 48,28% em setembro do ano passado.

O único sistema em que o período de seca deste ano não se diferenciou muito de 2010 foi o da região Norte. Enquanto em setembro agora o armazenamento estava em 52,18%, no ano passado ele era de 45,30%.

O último verão, mais chuvoso, e o período de estiagem no meio deste ano menos rigoroso do que no último ano serviu para uma folga maior para o setor hidrelétrico. De acordo com a ONS, a meta segura para o sistema SE/CO para dezembro é de 20% de energia armazenada. No Sul, a curva de reversão foi fixada em 33% e no Nordeste em 20%. O sistema Norte é esvaziado após o período de seca para poder comportar as chuvas nos meses subsequentes, que apresentam alto índice pluviométrico na região, por isso não tem meta segura estipulada.

(Rodrigo Pedroso | Valor)

Fonte: Valor Online

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Rio sedia esta semana a primeira OTC no país

Começa hoje, no Rio, a OTC Brasil, o primeiro evento OTC da Offshore Technology Conference realizado fora dos Estados Unidos e que já está programada para acontecer a cada dois anos. Além do programa técnico, o congresso terá uma exposição com empresas do setor que vão apresentar novidades e os avanços técnicos, desafios e oportunidades para o mercado offshore em profundas e ultraprofundas no Brasil e em outras regiões internacionais.


"O grande número de empresas brasileiras que está expondo na OTC Brasil – associado ao grande interesse do mundo –, garante que este será uma mostra verdadeiramente global e de grande representatividade”, avalia Stephen Balint, presidente do Conselho de Administração da OTC.


Ao todo, em três dias de evento, a OTC Brasil 2011 terá 24 sessões técnicas, 10 sessões especiais e duas plenárias. Além disso, serão realizados seis almoços/palestra por dia com alguns dos principais participantes do evento, que vão discorrer sobre o projeto BC-10 (Parque das Conchas), os desafios do financiamento em tempos de crise, e experiências de várias operadoras no mercado brasileiro.


A plenária de abertura terá como tema “O Regime Regulatório Brasileiro para Atividades em Exploração Offshore e de Produção de Gas”, que será apresentado por representantes da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).


Entre os destaques da programação da Offshore Technology Conference Brasil (OTC Brasil 2011) estão as sessões técnicas que abordarão questões relevantes da exploração offshore, como os desafios e soluções inovadoras para o desenvolvimento acelerado de campos de petróleo, garantia de escoamento, reservatórios carbonáticos, engenharia de poço, entre outros temas relevantes para essa indústria.  


Uma das sessões plenárias contará com a participação de especialistas da Schlumberger, Cameron e GE – empresas que anunciaram, nos últimos meses, a construção de centros de pesquisa no Brasil – e ainda de representantes da Associação Brasileira de Pesquisa e Desenvolvimento em Petróleo e Gás (ABPG), para debater os avanços tecnológicos consolidados a partir de parcerias entre universidades e a cadeia produtiva.


Programação completa e mais informações: www.otcbrasil.org 

Fonte: TN Petróleo